O melhor plano de saúde é viver!


Eu sei,
sou exagerada em tudo que falo, intensa em tudo que faço, me entrego sem reservas, assim…de bandeja!
Não sei viver pela metade, ser meio gente, meio feliz.
Sonho alto, falo sozinha, rio muito porque não gosto do silêncio, hospital, funerais ou doenças, nem uma gripe sequer.

Aprecio cerveja, degusto vinhos, não resisto à Coca-Cola, sou viciada em café,  polpa de maracujá e tamarindo.
Me dá agua na boca só de pensar em camarão frito ao alho, filé de atum, bacalhau no forno e bife à romana com batatas fritas.
Devoro sorvetes, choro por mousse de chocolate, ananás e manga verde.

Gosto de risadas, amigos, aventura, verão!
Nada me faz mais feliz que viagens, cinema, livros, almoços em família.
Sonho ser mãe, amo cheirinho de bebe, gatos, golfinhos, filhotes de cachorro e natureza.

Sou irritante, inconveniente, intolerante, incompreendida, inconformada!

Por tudo isso, já toquei o céu algumas vezes e vi o inferno de perto.
Conheci pessoas de diversos credos, culturas, perfis, e ideologias.
Me encantei por lugares fantásticos, ri quando não devia, chorei sem necessidade, amei desmedidamente, sofri por bobagens.

Nunca aprendi a viver de mentirinha, casinha de boneca, faz-de-conta.
Não suporto suposições, castelo nas nuvens…contos de fada são para covardes!
Prefiro a vida real, como ela é, cheia de indefinições.
Não sei do futuro e nem me importo com o passado, tudo que eu fiz me trouxe até aqui.
Erros ou acertos transformaram-me nesse ser errante, complicado, confuso, indefinido e perfeito que eu sou hoje.

Agora mais do que nunca eu sei que:

O MELHOR PLANO DE SAÚDE É VIVER!


Kid Abelha que o diga:

"Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber.

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar"



Essa tal de Competição...




São os momentos de ira como este que estou digerindo até agora que me dão inspiração para escrever a maioria das coisas que publico neste Blog.
Vamos lá: Hoje fui deliberadamente  acusada de ser muito COMPETITIVA!
Pior, isso saiu da boca de um homem! Sim, se fosse da boca de uma mulher eu provavelmente acharia que fosse inveja, e sim, nós mulheres temos mentes perversas e daí? #momentoverdadenuaecrua.

Essa acusação, feita com tanta veemência, levou-me a parar e refletir e, após me martirizar pensando no quanto eu poderei ter magoado as pessoas com este meu jeito ou, mais que isso, se eu venho sendo realmente competitiva, cheguei à seguinte questão: Porque será que encaramos a competição apenas como algo maligno, um defeito, uma aresta a ser limada e não como uma boa qualidade a ser estimulada e melhorada?

De forma alguma quero justificar aquelas pessoas que competem por tudo e mais alguma coisa, que passam por cima de outras para alcançar feitos, que ignoram sentimentos e códigos de ética para conquistar as coisas. Isso não é competição, é pura falta de caráter mesmo.
A competição que eu defendo (que talvez tenha sido a que eu fui acusada de praticar) é aquela em que o individuo dotado de liberdade de expressão, em estado pleno de direito de sonhar, acreditar, ousar e defender sua opinião e ponto de vista sobre as coisas, pratica no dia-a-dia com os amigos, no seio familiar e no trabalho.

Ouso dizer até que isso deveria ser ensinado nas escolas, porque ao contrário do que os mais otimistas insistem em dizer, o mundo lá fora é uma selva, só sobrevivem e deixam o nome na história aqueles que são competitivos, que ousam desafiar verdades absolutas, contestam opiniões formadas e defendem seus ideais, principalmente quando acreditam estar com a plena razão.

Mas vocês podem dizer que nem toda discussão vale tudo isso, que devemos ceder em algum momento, que o fato de ser tão competitiva me impede de ver a realidade ou aceitar que estou errada, enfim, e mais um monte de verdades bem à minha frente. E eu vos respondo que eu acredito ser bastante racional de apenas insistir em defender as coisas que eu acredito serem certas não só para mim como também para outros à minha volta.

Sou humilde o suficiente para aceitar o meu erro quando alguém me mostrar que realmente estou errada e que existe solução melhor para determinadas coisas. Sou madura o suficiente para pedir desculpas e seguir em frente e não sou infantil ao ponto de perder uma amizade ou estragar o clima de um momento apenas para provar o meu ponto de vista. Não, definitivamente, certas coisas não merecem tanto empenho!

Sou uma competitiva saudável e não tenho vergonha de assumir!
Luto pelos meus ideais, batalho para conseguir as coisas que eu quero para mim por acreditar que tanto eu como qualquer espécie de vida já nasce vencedora. Precisei ser um espermatozóide muito teimoso para vencer milhões de outros iguais a mim e ganhar o óvulo e o melhor é que depois disso, tive a sorte de crescer numa família que sempre estimulou-me a acreditar e lutar pelos meus sonhos sem que para isso fosse necessário prejudicar ninguém.

Seria isso um equívoco, seria correto dizer que meus pais e tantos outros erraram na educação dos filhos? Porque isso não pode ser encarado como uma boa qualidade a desenvolver nas crianças (de forma saudável volto a frisar)?
Será correto deixá-las crescer acreditando que tudo cairá do céu sem que tenham que batalhar pelas suas coisas? Será mais sensato educá-las crentes de que não encontrarão obstáculos pela frente ao longo da vida, outras pessoas que também desejarão as mesmas coisas que elas?
Que abaixar a cabeça é a melhor solução face aos problemas da vida e que o silêncio é a melhor aliada em momentos de crise? Na minha humilde opinião penso que não.

A competição faz parte do universo desde o Big Bang, a evolução das espécies está aí para comprovar, a natureza como um todo é uma complexa e contínua competição e só sobrevivem aqueles que o sabem fazer.

Sou mulher, minhas antepassadas lutaram e muito para que eu hoje tivesse o direito ao voto, ao divórcio, à liberdade de expressão, até ao direito de usar uma minissaia.
Somos obrigadas a competir todos os dias com os homens por trabalhos e salários iguais, direitos iguais e ainda dar a luz, sofrer com as cólicas menstruais, depilação, ser chefe de família e tudo isso de salto alto.

Só por isso não me venham com discursos éticos, camuflados em lições de moral e argumentações filosóficas de que competição é algo ruim.

De qualquer forma, essa é a minha opinião, você tem todo o direito de discordar...mas vou continuar defendendo a minha!



So what!


 
Sou uma capricorniana chata, confusa, tenho minhas crises existenciais, gosto de ter meu espaço, hiberno naqueles dias do mês, respondo torto quando sou provocada, não lido bem com injustiças, meu pavio é curto, minha cara é de brava quando não tou sorrindo, não preciso ser simpatica com quem não gosto. Não puxe assunto quando não quero conversar, deixe-me sozinha, não tente me entender nem consertar, tenho meu próprio tempo, renovo todas as manhãs. Esta sou eu, este é o meu mundo e eu gosto dele do jeito que é: DEAL WIHT IT!

Quero ter motivos para acreditar!



Já vou em 3 post em um dia no facebook sobre este assunto!
Volto a bater nesta tecla porque realmente me incomoda: ao ver todo o preconceito e o racismo que a Miss Universo Leila Lopes vem sofrendo na internet perco esperanças de que ainda existam pessoas boas neste mundo.

Sou africana (apesar da minha falta de bronze), meus pais e irmãos são africanos, meus melhores amigos são negros e ao ler todas essas palavras de ódio e intolerância sinto como se estivessem atacando diretamente as pessoas que eu mais amo sem poder fazer nada para defende-los.

Vocês podem dizer "simplesmente não leia essas coisas", na verdade é fácil ignorar o que está errado mas piores do que aqueles que disseminam o ódio são os bons que nada fazem e aceitam tudo isso de boca fechada.
Por isso uso o slogan desse anuncio da Coca-Cola que apesar do objetivo principal ser o de vender a marca, ilustra bem o meu sentimento neste momento:

QUERO TER MOTIVOS PRA ACREDITAR QUE OS BONS SÃO A MAIORIA,
QUE O AMOR VAI VENCER TODO ESSE ODIO QUE GOVERNA ESTE MUNDO,
QUE HÁ ESPERANÇAS PARA A RAÇA HUMANA
E QUE NÓS OS BONS SAIREMOS VITORIOSOS!

Coisas minhas!



Quero um beijo com sabor de Bis,
Picolé nas tardes quentes de verão,
Cheiro do mar, pé na areia da praia,
Edredon e pantufa em dias de chuva.

Preciso de um abraço beirando ao exagero,
Desses de urso, sabe?
Meio apertado de cortar o ar,
Meio livre com gostinho de quero mais.

Quero risadas tímidas, olhares fugazes,
Beijos roubados, carinho desmedido,
Frases simples, perversas intenções,
Das boas o inferno está cheio.

Quero amigos humildes, de peito aberto,
Sem veneno na língua ou minhocas na cabeça,
De riso fácil, alegria contagiante,
Palavras certas e coração gigante.

Desconfio das pessoas com julgamentos mesquinhos,
Defensores da moral e dos bons costumes,
Daquelas com opinião formada sobre quase tudo,
Mas de conteúdo e vivência sobre quase nada .

Prefiro os amantes da musica,
Os viciados em filmes, café e chocolate,
Aqueles que desfrutam de prazeres infinitos,
Os livres de espírito, medos e preconceitos: desses sou fã!

Admiro quem ri da própria desgraça
Zomba da sorte, desafia o destino
Enfrenta seus temores, consegue perdoar
Sabe que a vida é curta e vive-a intensamente!

Gosto de muitas coisas,
Quero outras tantas,
Conquisto algumas,
Invejo poucas…mas continuo querendo aquele beijo!

Desgosto não se discute!



Dias atrás li uma frase de uma blogueira que eu sigo e gosto muito em que ela dizia "Toda mulher tem uma história de terror para contar" e parei uns minutos para pensar na minha realidade. Chamar minha experiência com homens de terror beira ao exagero eu admito, algumas foram ótimas, outras nem tanto mas nenhuma deixou sequelas irreversíveis em mim, embora uma chegou bem perto disso.

Há bem pouco tempo eu poderia começar este post de forma bem diferente, meio depressiva, auto-estima zero, de mal com o mundo e com todos os homens que nele habitam mas, como bem se costuma dizer, "nada melhor que o tempo para sarar todas as feridas". Pode parecer meio fútil este assunto ou o mais provável é que não interesse a ninguém  ouvir a minha choradeira mas o blog é meu e escrevo o que bem quiser, não está interessado não lê, #prontofalei!

Desgosto não se discute!
Quem já amou sabe disso, nós as mulheres bem mais do que gostaríamos. Qualquer perda ou desilusão dói tanto na alma que por momentos acreditamos nunca mais ser possível voltar a ser a pessoa mentalmente sã que éramos antes. É tão doloroso que faz cair por terra uma vida toda de autocontrolo, autoconfiança, auto-estima, tudo que tenha auto no nome!
 Só conhecemos a dimensão da nossa força interior quando passamos por um desgosto, seja de amor, perda familiar ou traição de amigos. Até aí só acreditamos que aconteça aos outros e temos toda a certeza de que, se acontecer conosco, temos todo um plano de fuga, estamos totalmente preparados para enfrentar seja o que for...a verdade, caros amigos, é que nunca estamos!

É fácil entregar o coração a alguém que chega de fininho na tua vida, sem as típicas frases ensaiadas dos conquistadores baratos de quinta, conversa inteligente, boas intenções declaradas, um quê de mistério, autoconfiança e senso de humor q.b.
Se esse for o tal que no dia seguinte ainda lembra de tudo o que disseste na vossa última conversa, vai segurando a tua mão logo de primeira, na frente de todo mundo como se quisesse demarcar território e deixar bem claro que "ela é só minha", anda um passo à frente para abrir a porta do carro, do restaurante ou para puxar a cadeira, gosta de ver filmes abraçadinho, cheira teus cabelos e beija-te os olhos de leve quando menos esperas, lamento informar minha amiga, mas estás em muito maus lençóis, daí para te apaixonares perdidamente é um piscar de olhos.

Se ele é daqueles que oferecem flores então, nem precisa se esforçar muito, já conseguiu tudo o que queria sem precisar ao menos abrir a boca!
Se os homens fossem mais observadores e se prendessem aos detalhes como as mulheres,  saberiam que nós já temos uma fórmula básica que ao ser manipulada faz com que nos apaixonemos logo de cara ou, no mínimo que prestemos mais atenção no homem que possui todas as características que descrevi acima, sem necessidade de se esforçarem muito na hora da conquista.

Depois de tudo isso fica fácil se entregar, sonhar acordada, sorrir sozinha, acordar de bom humor, caprichar na ginástica, na maquilhagem, no vestido, fazer planos para o futuro, imaginar a carinha dos vossos filhos e mais um bilhão de pequenos detalhes que nos deixam bobas e infinitamente felizes.
Quando metade do mundo te diz para ir com calma e não se entregar tanto a outra metade inveja a tua felicidade mas tu não estás nem um pouco preocupada com o mundo, pelo contrário, queres é que ele se engasgue no próprio veneno: vai ser descrente de amor assim lá no inferno, dizes tu!

Quando pensas que tudo está maravilhosamente bem,  que o destino, Deus, cupido, universo ou sei lá que raio de entidade conspirou tão bem a teu favor para mereceres uma pessoa tão perfeita em tua vida, descobres que afinal perfeita era a tua imaginação, o resto era apenas ilusão.
 É nesse momento de lucidez que descobres a verdadeira essência das coisas e das pessoas, é nessa hora que os defeitos vêm à tona, os segredos são revelados, descobres que as arestas do teu relacionamento que pensavas ser tão sólido na verdade existem e são mais afiadas que sequer imaginavas.

É  neste exacto momento que aprendes o real significado da palavra traição, não aquela carnal que todos dão mais importância do que na verdade ela tem, mas sim aquela traição sentimental,  aquela que toca a alma, sufoca o coração, deita por terra todos os conceitos de amizade, respeito, admiração e companheirismo.
É uma fase de surpresas intensas na verdade, principalmente aquelas que te revelam uma pessoa totalmente diferente daquela que pensavas conhecer e que acordavas todos os dias do lado e a única pergunta que te vem à mente é a que questiona como pudeste ser tão cega e não ver tantos defeitos tão à frente dos teus olhos.

O que te magoa nem é descobrir a infidelidade, a mentira ou qualquer motivo que os levou àquele ponto da relação mas sim descobrir que o tempo todo estavas vivendo uma farsa, acreditavas estar perante a pessoa que além de tudo era tua melhor amiga mas é exactamente ela que foi capaz de te trazer tamanho sofrimento e ainda assim não fazer nada para te tirar do buraco em que ela te jogou.
O que mais te magoa na verdade é essa covardia, essa atitude passiva perante o sofrimento dos outros, principalmente quando é ele o causador de tamanha infelicidade. Não que fosse mudar o passado,  tu pensas,  mas com certeza tornaria a descida em direcção ao fundo do poço menos dolorosa.

Com tudo isso não quero que pensem, meus amigos, que sou uma descrente, reprimida ou que perdi toda a esperança nas relações, sejam elas amorosas ou de amizade, pelo contrário, continuo mais do que nunca incentivando as relações baseadas no amor e na verdade mas, definitivamente, com os pés bem assentes no chão.

Não peço que me entendam, cada pessoa é livre para sofrer e expressar sua dor do jeito que quiser. Há quem prefira engolir desaforos, outros jogam na cara, há quem curte uma fossa, outros preferem cair na gandaia, seja de que jeito for, todos nós somos dotados de liberdade para escolher aquilo que é melhor para as nossas vidas e ninguém tem o direito de julgar-se melhor ou pior, a verdade é que desgosto não se discute e só tu que estás nessa situação sabes a real dimensão da tua dor e só tu tens o poder de ultrapassá-la.

Não consigo viver desconfiando das pessoas, das intenções, das palavras e dos sentimentos. Uma das coisas que tento de todas as formas preservar nesta minha aventura pela vida é a minha crença inabalável no poder do amor como a base de todas as coisas e de todas as relações humanas. No dia em que eu parar de acreditar nisso penso que não fará mais sentido viver neste mundo maluco.

Mas todas as pessoas que já passaram pela minha vida, sejam amigos, namorados, conhecidos, tenham sido as nossas relações intensas ou breves, todas têm algo em comum:  elas agregaram valor à minha vida, deram um sentido à minha existência, me ensinaram algo novo, algumas pelas formas mais dolorosas mas mesmo assim deixaram alguma maturidade, crescimento pessoal, sabedoria e o mais importante de tudo isso, transformaram-me numa pessoa melhor, mais humana e com uma visão mais clara das coisas, das pessoas e do mundo em que vivo.

Somente por isso serei eternamente grata a todos os felizardos que me tiveram, aos idiotas que me perderam, aos sortudos que ainda vão me conhecer e principalmente aos amigos e à família que sempre estiveram do meu lado, na alegria e na tristeza, vocês sim merecem todo o meu amor. Aquele abraço!



Amílcar Cabral: polémico 38 anos depois

Venho acompanhando de forma tímida, a trajectória dos candidatos às eleições presidenciais em Cabo Verde. Confesso que tudo o que eu tenho escutado e lido pesquisei na internet: jornais online, sites dos candidatos e outros boletins informativos, mesmo assim ainda eu não decidi o meu voto ou simpatia para com qualquer candidato.
Talvez vocês possam dizer que já está na hora de eu escolher ou mesmo que eu deveria me envolver mais, pesquisar, informar e preocupar-me mais com essa questão por ser de extrema importância para o meu país a escolha do nosso presidente.

Não estão errados, vivo dizendo a mim mesma que eu deveria ser mais activa politicamente, me preocupar mais com tais questões, exercer de forma mais firme meu direito de cidadã, principalmente por eu acreditar que todos os problemas ligados à política não advêm da política em si, mas de quem a exerce. Não entendo quando certas pessoas dizem que a política é o parasita das sociedades, que todos os políticos são corruptos, que a política deveria ser banida e por ai vai.
Bem, se quisermos viver numa anarquia total e em constante estado de sítio, tudo bem, que seja banida! Mas não sou cientista política por isso não cabe a mim fazer uma explanação mais profunda sobre este assunto.

Palavra puxa palavra e não consigo entrar no assunto que me levou a escrever este artigo que é analisar, sob o meu ponto de vista, toda essa recente polémica em torno da morte de Amílcar Cabral a poucos dias das eleições.
Num belo dia veio o Primeiro-ministro, José Maria Neves e disse que Cabral foi morto por dirigentes do PAIGC e obviamente as reacções choveram de todos os lados, a oposição encontrou argumentos suficientes para desacreditar um partido que já está enfraquecido pelas disputas internas com as quais lida desde antes mesmo do começo das campanhas; os cidadãos simpatizantes e apoiantes de um ou outro candidato trocam farpas acusando-se mutuamente pelas declarações, exigindo provas e esclarecimentos sobre a verdadeira causa da morte do nosso herói.

Já eu que faço parte do povo, da massa que dá o seu voto, plateia para a qual os candidatos discursam e tentam a todo o custo convencer das boas intenções e competências, pergunto-me qual a finalidade de uma polémica dessa magnitude em plena campanha presidencial?
Vou mais longe, o que estas declarações agregam de valor neste momento das eleições?
Vai mudar alguma coisa na vida das pessoas ou trazer algum beneficio para o povo que luta todos os dias para obter o pão-nosso-de-cada-dia?
A meu ver, houve uma absurda troca de prioridades nos palanques cabo-verdianos!

Não me entendam mal, é indiscutível a necessidade de analisar e esclarecer essas acusações. A vida e morte de Cabral, seus companheiros combatentes como toda a história da luta para a independência fazem parte de um legado importantíssimo que pertence ao povo de Cabo Verde e não somente a um determinado partido politico e isso por si só já é um motivo mais que suficiente para argumentar a necessidade de revelar todos os segredos que pairam em volta deste caso.
Os governantes têm por obrigação plena investir nessa análise histórica, não para fazer uso de tais informações para agressões políticas em épocas de eleições mas para conhecer o nosso passado, valorizar a nossa cultura, compreender o presente e, consequentemente, perspectivar um futuro melhor para o país, sem cometer os mesmos erros anteriores, esse é o principal objectivo do ramo da ciência que se chama História.

Mas deixemos tudo isso para outra ocasião, depois das campanhas, que essa análise seja feita por pesquisadores profissionais, com provas concretas, documentos e relatos fiáveis, que sejam abertas todos os arquivos confidenciais e se faça uma análise científica dos dados, sem apologias políticas ou distorções.
Que seja uma análise critica, coerente, baseada na verdade dos fatos e provas concretas, penso que Cabral e todos aqueles que morreram em nome da independência dos países africanos merecem essa veracidade e respeito à obra que nos deixaram de herança.

 Aproveitemos para fazer o mesmo com a morte de Renato Cardoso, os confrontos da reforma agrária em Santo Antão, esclarecer todas as acusações feitas ao MPD nos 10 anos de governação, esclarecer supostos desvios e lavagem de dinheiro que todos os dias ouvimos falar mas que ninguém comprova e outras tantas polémicas que surgem de tempos em tempos e que acabam caindo no esquecimento de um povo tradicionalmente pacifico, com a ajuda de uma justiça lenta e as graças de uma mídia covarde e silenciada.
 É, caros amigos, nem só de Cabral se constrói uma nação!

Acredito que o nosso Primeiro-ministro foi precipitado no seu discurso quando fez tais declarações sem estar em condições de apresentar provas irrefutáveis quanto a este assunto. Digo mais, ele fugiu completamente do seu foco de prioridades, que deveria ser o futuro do país e não o passado.
Em meio a tudo isso vem o líder do partido da oposição Dr. Carlos Veiga dizer que “Estamos num momento bastante importante, num momento de decisão para a escolha de um Presidente da República e não podem ficar dúvidas nesta matéria. É algo muito grave, que tem de ser esclarecido de forma cabal antes das eleições, para que o voto do povo seja feito em consciência e com o conhecimento total que é preciso ter”.
Discurso igualmente desnecessário nessa altura do campeonato, um sinal claro de querer colocar "mais lenha na fogueira" e estimular a polémica.

Ambos os líderes dos maiores partidos de Cabo Verde pecaram nas suas declarações num momento em que o mais importante é decidir o próximo presidente do nosso país. A prioridade é o futuro de Cabo Verde, o povo e suas necessidades e não disputas partidárias baseadas em acusações não comprovadas, troca de farpas, declarações polémicas, principalmente quando estas remetem ao que aconteceu 38 anos atrás.
Querem discutir Cabral, óptimo, façamos isso, mas antes analisemos a hora, o local, as palavras e principalmente as prioridades do país!

Os queridos "padrinhos" de Cabo Verde!



O nosso Primeiro Ministro, José Maria Neves, em discurso na cerimónia de abertura do III Seminário Internacional Renato Cardoso sob o lema “As transformações do mundo do trabalho e os novos modelos de gestão" disse o seguinte:
“...Se cumprirmos isso, eu terei cumprido toda a minha missão desta legislatura que é buscarmos e passarmos a fazer o recrutamento com base em concursos públicos, os melhores serem promovidos, começar a fazer tudo para que a progressão nas carreiras tenham como base o mérito, o bom desempenho”.

Eu digo, Amén!
Que a "padrinhagem" em Cabo Verde é uma realidade indíscutivel todos sabem, é um verdadeiro tráfico de influências. Estamos cansados de ver e ouvir casos de favorecimentos na função pública, nas empresas, nos hospitais até na atribuição de bolsas de estudo. Todos as semanas os jornais noticiam casos de pessoas prejudicadas por tal esquema, não é segredo para ninguém. O "sistema" está tão presente no nosso dia-a-dia que nos acostumamos a fazer uso dela sem medir consequências e nem ao menos pensá-la como algo antiético. Está tão enraízada na nossa cultura que usámo-la em questões tão básicas, desde burlar a fila do supermecado ou do banco, como também para favores na esfera profissional ou política.

Eu sou completamente contra esta prática, digo desde já!
Não vou ser hipócrita em afirmar que nunca fiz uso de contactos ou de pessoas próximas para conseguir algo. Em Cabo Verde por mais que tentes lutar contra o "sistema", tens que alguma vez sucumbir-te para conseguires alcançar certas metas, e mesmo se quiseres ocupar um cargo ou posição que te permita lutar contra ele tens que primeiro enveredar por desvios, cobrar favores, fazer parcerias, eliminar a concorrência, etc. Isso acontece em vários países, não apenas em Cabo Verde, faz parte da história da humanidade, grandes impérios foram contruídos e destruídos a base de trapaças e conspirações, ninguém é completamente honesto por mais que diga o contrário!

Mas também já fui muito prejudicada pelo "sistema", principalmente quando acreditava piamente na minha imunidade contra ele. Quando terminei a licenciatura jurei que nunca faria parte do grupo de pessoas que só conseguiam altos cargos ou certas regalias fazendo uso das "amizades", troca de favores ou pedidos especiais. Percorri todas as empresas e instituições nas quais eu tinha interesse em trabalhar, segui a minha consciência, fiz tudo como mandava a lei, passei meses entregando curriculos e não conseguia absolutamente nada, enquanto eu via meus colegas também recêm-formados sendo empregados, todos com o mesmo perfil e inexperiência que eu. Comecei a questionar o que eles tinham e eu não até que um "informado" me abriu os olhos, dizendo: Minha amiga, eles vão atrás de padrinhos e tu não!
Eu, uma recêm-formada precisando desesperadamente do seu primeiro trabalho, decidi fechar os olhos e tentar por outras vias e realmente quando alguêm intercedeu por mim, em menos de um mês já estava empregada.

Este episódio de forma alguma mudou minha opinião sobre este assunto, ainda hoje acredito e tento de todas as formas conquistar as coisas pelo meu esforço e mérito, só não sou mais inocente ao ponto de dizer que não terei de fechar os olhos à minha moral uma vez ou outra, caso contrário não irei a lado nenhum, principalmente eu que almejo uma carreira bem sucedida!
Porém, continuo firme na decisão de lutar com todas as minhas forças contra este sistema por considerar uma falta de respeito a quem se esforça para se formar, ser bom profissional, estuda vários anos para preparar-se para o mercado de trabalho, pais que se matam de trabalhar para garantir um curso universitário ao filho e quando vão atrás de oportunidades são descartados porque alguém que conhece o primo do chefe da empresa, ou é amiga do amigo do director indicou outra pessoa ao cargo.
Muitas vezes a pessoa não tem experiência suficiente para assumir tal responsabilidade, não possui perfil exigido ou no pior dos casos, nem é da àrea.
 Exige-se urgentemente medidas do governo a fim de eliminar esta prática, é inadmissível que um país que se diz de desenvolvimento médio, que procura uma parceria especial com a União Europeia, possui boa reputação a nível internacional e é referência de boa governação no continente africano mantenha um sistema tão corrupto de favorecimentos.

Para que o nosso país alcance os níveis de desenvolvimento que todos esperam é necessário que se aposte em bons profissionais, que todos tenham oportunidades iguais, que os requisitos de aceitação e crescimento profissional se baseiem nos bons resultados, mérito, liderança e esforço pessoal. As instituições, sejam elas públicas ou privadas devem indiscutivelmente investir nas boas práticas, começando pelas formas de recrutamento dos seus profissionais.
O concurso, seja público ou privado, baseado em provas, entrevistas, avaliação de curriculos e  outras técnicas de seleção dos candidactos é e deve ser a melhor forma de se conseguir isso. Exige maior e melhor preparação dos interessados sobre o cargo e a àrea de conhecimento que a empresa oferece, quando implementado de forma eficaz fornece oportunidades iguais a todos os candidactos, garante transparência na escolha do profissional e permite que o cargo seja ocupado exatamente por quem se preparou para enfrentar tal desafio.
Adiciona-se a tudo isso a boa imagem que a empresa e o país transmitem aos investidores e parceiros internacionais.

Não é fácil colocar em prática tudo isso, exige tempo, dinheiro e toda uma reestruturação empresarial e governamental em Cabo Verde.
O comportamento, os costumes e práticas são os itens mais difíceis de mudar no ser humano, e a "padrinhagem" é exatamente um costume que está instalado na nossa sociedade há vários séculos, herdámo-la dos nossos colonizadores portugueses (esclareço que não é preconceito da minha parte, é história, vejam que todos os países de colonização portuguesa lidam com o mesmo problema, enquanto que os de colonização inglesa e francesa por exemplo têm outra visão sobre o trabalho, são menos burocratas).

 Para eliminar esta prática é necessário trabalhar desde a base, ou seja, desde o comportamento do caboverdiano, a visão dele sobre o trabalho, desenvolvimento e cidadania; é um trabalho que deve ser feito nas escolas, em casa, estimulando desde cedo nas crianças o esforço e mérito próprio; exige investimento em técnicas de promoção e bonificação dos funcionários não apenas se resumindo em aumentos salariáis mas também em oportunidades de crescimento dentro das empresas, regalias especiais ou metas de desempenho, entre várias outras práticas.
 Para isso temos que nos espelhar nas boas práticas de outros países que conseguiram vencer este sistema e alcançaram altos níveis de desenvolvimento. Temos que nos basear nas lições aprendidas de várias iniciativas que deram certo e investi-las no nosso país. Um bom exemplo é o caso do Brasil, um país que também lida com graves problemas de corrupção e burocracia; A história dos concursos é recente no país mas vem dando provas de eficiência não só no recrutamento dos profissionais certos como também ajudou na redução do desemprego, além de ter-se transformado num mercado que movimenta 1 bilhão de reais por ano.

É importante que um país com ambições de crescimento como Cabo Verde comece a se preocupar com estas questões, são necessidades de reestruturação e inovação óbvias quando se quer alcançar um patamar de desenvolvimento nos moldes desejados. Principalmente um país com tantos atractivos para investimentos como é o caso de Cabo Verde que vão desde a estabilidade política e social, o grau de instrução da população, a posição geográficamente estratégica, baixos indíces de doenças contagiosas, uma população jovem e atractivos turísticos, deve necessáriamente reavaliar e reestruturar sua forma de trabalhar, adaptando-se aos moldes e boas práticas exigidas pelas instituições e empresas com as quais quer formar parcerias.
Espero sinceramente que o nosso Primeiro Ministro coloque em prática sua idéia que tem tudo para dar certo. Que este não seja apenas mais uma promessa de campanha!

Feminista, graças a Deus!

Nós as mulheres estamos cansadas de ouvir as velhas piadas sobre o quanto somos chatas, dominadoras, imprevisíveis, complicadas, controladoras, difícéis de agradar e mais um infindável leque de esteriótipos ridículos que a ala masculina faz questão de inventar por aí. Até Freud, num acesso de "preguiça mental", afirmou certa vez que "nenhum homem seria capaz de saber o que realmente povoa a cabeça de uma mulher", imagina. A partir daí todos os homens deste planeta adotaram como premissa de que se nem Freud conseguiu entender as mulheres mais ninguém conseguiria, fim de conversa.
Estava instalada a Guerra dos Sexos, que por sinal é a guerra mais longa da história da humanidade!

Dizem que o único homem que conseguiu entender as mulheres morreu de rir antes de divulgar a sua descoberta. Piada mais sem graça devo dizer, mas por outro lado demonstra bem a fraqueza e a inferioridade do nosso "inimigo". Tipíco dos homens, não é? quando não conseguem competir com a inteligência e superioridade intelectual de uma mulher apelam para o machismo, humilhação verbal ou mesmo violência fisíca. Aliás, acredito que o real motivo de existir em pleno século 21 tanta descriminação para com as mulheres tanto a nível profissional como nas relações pessoais é o simples facto dos homens não quererem abrir mão do único trunfo que eles possuem contra nós: uma longa história de dominação!
Passo a explicar: como vivemos numa sociedade que por muitos séculos remeteu a mulher à categoria de "sexo frágil", somos educadas para servir os homens, ganhamos bonecas e miniaturas de cozinhas no Natal e crescemos ouvindo frase do tipo "acertou no tempero, já pode casar", os homens adotam isso como verdade absoluta, a postura politicamente correcta de agir com as mulheres é colocá-las nos seus devidos lugares; aquela que se desviar desse padrão é negativamente rotulada.

Por outro lado vemos cada vez mais mulheres ocupando cargos importantes no mercado de trabalho, na política, assumindo-se como chefes de família, vivendo libertinamente a sua sexualidade, ficando solteiras por mais tempo, muitas nem sonham em formar família ou o fazem adotando a "reprodução independente" recorrendo às clínicas que ferlitização; nós somos maioria no mundo e a ciência já confirmou que nascemos biológicamente mais resistentes do que os homens, as taxas de mortalidade infantil estão aí para comprovar.
Em meio a tudo isso é compreensível que os homens se sintam ameaçados, relegados a segundo plano, hoje eles já falam em descriminação da nossa parte, quem diria?

Mas a minha maior curiosidade é extamente conseguir entender os homens, o que eles querem afinal?
Nós as mulheres temos fama de sermos complicadíssimas e confusas mas por mais que eu me esforce, sinceramente não consigo entender o porquê desta acusação. Nem os nossos acusadores sabem explicar, talvez porque nunca fizeram a miníma questão de nos compreender. Já eu defendo que os complicados nesta história são eles: passam a vida fazendo pose de "macho alfa", entrando em brigas, promovendo-se como o sexo forte, fazendo competições entre si mas em situações de desespero ou de pressão eles são os primeiros a abandonar o navio, pesquisas demonstram que as taxas de incidência de depressão e suicídio no mundo todo são mais altas no sexo masculino.

Vivem dizendo que só casarão com mulher fiel, comportada, de boa reputação, companheira, inteligente, que tenha conteúdo e saiba conversar. Isso me confunde porque o que eu vejo na verdade é um pouco diferente: eles amam as libertinas, sentem-se mais atraidos pelas mulheres livres e sem preconceito, abandonam familías para viverem paixões avassaladoras com meninas de reputação duvidosa e ficam "de quatro" por mulheres sem cultura geral algum enquanto eles se sentem ameaçados pelas inteligentes, considerando-as até frias demais.

Quando estão conosco são verdadeiros princípes mas é so juntá-los em grupos que transformam-se instântaneamente em sapos asquerosos, com conversas infantis sobre jogos, carros...sem falar no modo que se referem às mulheres, mesmo as que eles amam profundamente (coisa que nunca assumem publicamente, até pro melhor amigo leva tempo pra confessarem)!

Quando estão apaixonados e querem nos conquistar fazem de tudo e mais alguma coisa para convencer-nos que são o homem ideal, o princípe encantado que sempre esperamos. Fazem declaração de amor, levam-te à lua se preciso for, quanto mais resistimos mais empenhados ficam. Assim que aceitamos o namoro e assumimos que estamos apaixonadas eles mudam de idéia, a coisa não é bem assim, compromisso sério vem com o tempo, ainda não chegou na fase do amor, no máximo uma paixão, devemos ir com calma, tudo tem seu tempo. E é ai que perdem o interesse, assim do nada, sem explicação alguma.

Fazem-te mil declarações de amor, promessas de um futuro bom, fazem-te acreditar que és a única na vida deles, que nenhuma lhes dá tanto prazer e outras tantas afirmações mas mal dás as costas eles já estão de olho na saia da tua melhor amiga, lançando frases feitas a qualquer uma que lhes desperte o interesse e pior ainda, afirmam pros amigos que mulher alguma consegue lhes prender!

Ainda as complicadas somos nós?? Como entender um ser que vive afirmando ser o que não é, gosta daquilo que diz odiar, deseja o que mais repudia e defende uma coisa mas age de forma completamente diferente?
Pena que eles não vêm com manual, principalmente na àrea sentimental. Informações do tipo "Como decifrar os sinais de que ele está amando", "Homens: 100 coisas que eles querem nos dizer mas não conseguem colocar em palavras", "Porque a infância é mais longa nos meninos" ou "Saiba como competir com o futebol, a cerveja, os amigos...e a sogra" seriam de grande valia para nós mulheres, evitariam muitas rugas!

As mulheres de complicado têm pouco. Somos até transparentes demais. Quando queremos algo corremos atrás, quando amamos é de coração e intensamente, nós dizemos as coisas como as sentimos (ok, gostamos especialmente do sarcasmo mas nunca afirmei que somos santas!), assumimos que gostamos é dos canalhas (o pior é que até casamos com eles!), quando estamos zangadas é fácil notar, não temos problema algum em fazer demonstrações públicas de afeto, em declarar o nosso amor, em chorar nos filmes ou no casamento da nossa melhor amiga, gostamos de luxo e dinheiro e não negamos isso (a diferença é que algumas de nós acreditam que isso é tudo na vida), temos aqueles dias do mês em que nos transformamos em montros mas é do conhecimento publico, não é segredo pra ninguém, até a ciência explica!

Se somos tão "chatas" é porque vivemos metade do dia atarefadas com as nossas coisas, tentando salvar o mundo e a outra metade fazendo de tudo para agradar os homens e eles nem notam...pior, nem valorizam. Chega um dia que cansa! É  quando deixamos o ginásio, dormimos com aquele velho pijama, não frequentamos o cabeleireiro nem a manicure tanto quanto gostariamos, damos mais atenção aos filhos ou às amigas. Toda a mulher apaixonada se cuida, é vaidosa, está sempre bem arranjada e perfumada e tem aquele brilho especial...quando ela não faz mais isso é porque o homem que tem ao seu lado não a corteja mais ou a faz sentir especial.

Mas sabe o mais interessante? É definitivamente uma guerra de amor e ódio, não sabemos viver um sem o outro, ninguém gosta da solidão, ela é tão fatal como qualquer outra doença.
Existem aqueles que afirmam que os opostos se atraem, outros são mais categóricos em afirmar que o que mantêm o amor são as afinidades...independentemente de quem tem razão, o que vale é que nos completamos. Seria bem melhor se fosse uma convivência pacífica mas eu me pergunto se não seria aborrecido? Podemos até manter nossas divergências, todo conflito moderado tem seu lado positivo, é estimulante até competir-mos uma vez ou outra mas desde que isso não signifique humilhar, desrespeitar ou agredir o outro.

O feminismo vem sendo interpretado de várias formas ao longo dos anos, algumas vezes de forma errada o que leva os homens a criarem idéias distorcidas sobre este movimento. O que eles precisam entender é que nós não somos e nem queremos ser melhores do que eles, só exigimos que valorizem o nosso papel na sociedade, o quanto somos capazes de fazer tão bem o mesmo trabalho e exercer com competência os mesmos cargos. Que respeitem a nossa inteligência, nossas conquistas, nosso esforço e que sejamos recompensadas de igual forma.

Toda a mulher, por mais "durona" que seja gosta de receber carinho, quer ter um homem pra cuidar, uma familia pra se dedicar, gosta de se sentir amada, somos, e penso que sempre seremos, movidas pelo coração. Alguns acreditam que esse é nosso pior defeito, já eu dou graças aos céus por termos esta predestinação, o amor deveria ser a base de todas as ações, o mundo estaria bem melhor.
Meu conselho, caros amigos do sexo masculino, é que reflitam e começem a mudar essa mentalidade rétrograda.
Somos companheiras, viemos para completar e não para competir, nosso lugar é ao vosso lado, nem um passo atrás nem à frente, é ao vosso lado.

Promo Tour “I Love Cabo Verde”


"A Promo Tour inicia-se esta quarta-feira, 22, na cidade francesa de Lille, no Caps África, em Roubaix. No dia seguinte será a vez de a promoção estar na Loja Tropicana, em Antuérpia (Bélgica). Ainda esta semana o evento de promoção de Cabo Verde estará em Roterdão (24) e Fameck (25). O dia 27 será a vez do Luxemburgo, dia 28 Basileia, 29 Lousane e 1 de Julho Genebra (Suíça).

A Promo Tour “I Love Cabo Verde” irá passar ainda por Paris, Lyon, Nice, Marselha, Toulouse e Lisboa,
sempre com a ideia de levar o nosso país a todas as comunidades cabo-verdianas ali residentes".

Fonte: Asemama

Projecto Emprego Jovem e Coesão Social


Informem-se sobre o "Projecto Emprego Jovem e Coesão Social" lançado pelo Governo de Cabo Verde em parceria com a Cooperação Espanhola/PNUD, visando estimular a iniciativa empresarial por parte dos jovens caboverdianos.

Todos os anos, boa parte do financiamento das cooperações estrangeiras em Cabo Verde não é utilizado por falta de projectos, jovens interessados ou simplesmente por falta de divulgação.

Muita coisa poderia ser feita se soubessemos como ter acesso e fazer um bom uso desse dinheiro.

Eis as informações, saiba como conseguir:

S.Vicente: o doce prazer da inércia!



Encontrei este album com fotos antigas de São Vicente; já tinha visto algumas, outras eram desconhecidas até então mas são fotos que já circulam há bom tempo na internet outras são de arquivos pessoais. Vendo as fotos só conseguia pensar como é possível não nos envergonharmos pelo abandono em que está a nossa ilha? Sim, digo nossa porque sinto que, em parte, ela é minha também. Embora tenha crescido em São Nicolau, nasci e passei toda a minha adolescência no Mindelo, assim não posso e nem quero me excluir da responsabilidade de pensar e agir em prol de São Vicente.

Ainda bem que temos as fotos para provar a importância que a nossa ilha já teve, o quão bela e cosmopolita ela já foi, o que representou e representa para a história de Cabo Verde! É exatamente em virtude dessa história que considero uma falta de respeito da parte do povo da ilha, do governo central, da Câmara Municipal e demais orgãos competentes para com a história de São Vicente e de Cabo Verde em si. A inércia entrou e instalou-se nos lares dos mindelenses que se resumem a encontrar culpados e utilizar desculpas esfarrapadas que nada mais são do que "birra de coitados", camuflados num bairrismo ridículo de que "tud é pa Praia".

É fácil culpar os "Badios" na verdade: o partido político no poder é de "Badios", a capital é dos "Badios", o dinheiro está nas mãos dos "Badios" e por aí vai mas uma coisa tenho a parabenizar os "Badios": eles, ao contrário de nós, não se fazem de vitímas, estão aí na luta, veja o que é a Praia hoje e a Praia há uns anos atrás; o "Badio" tem aquele jeitinho peculiar deles de encontrar solução pra tudo, fazem qualquer negócio, nem que seja da China, circulam dinheiro, fazem acontecer, são desaforados quando querem e isso faz parte da história deles, vejam a Revolta de Rubom Manel em 1910, dos Engenhos em 1822 e outros, independentemente de quais foram os motivos das revoltas. A ùltima façanha deles foi conseguir elevar a Cidade Velha a Patrimônio da Humanidade! E o patrimônio histórico-arquitectônico do Mindelo, não é igualmente importante pro país?

 Mas podemos culpar os nossos irmãos do sul? acho que não, aliás, embora custa-me admitir, eles estão ganhando de goleada. Enquanto nós nos preocupamos apenas com a nossa Laginha no fim-de-semana ou em dar voltas na Praça, eles estão construindo, vendendo, empregando, importando, inaugurando, viajando e vendo a cidade crescer todos os dias. Nós continuamos apegados a subterfúgios baratos, vivendo de "cassubodi" em "cassubodi", reclamando da Câmara municipal, jogando bisca na Rua d'praia, esperando o festival da Baía e se preocupando com questões tão importantes como a que julga se TvPulu deve ou não continuar!

Entrando mais concretamente na àrea do turismo que é minha àrea de pesquisa, devo dizer que qualquer outro país que aposta realmente no turismo como sector de desenvolvimento já teria lançado as bases para o crescimento do setor, para não dizer que seria considerado uma das prioridades de qualquer país desenvolver o turismo numa ilha com tantos atrativos turísticos como São Vicente. O que temos de história e arte daria para apostar em museus diversos; um roteiro inteiramente dedicado à musica com as noites caboverdianas com seus "coc e bafa" tipícos da ilha (sim, é exatamente isso que o turista procura!); apostar no carnaval como produto de excelência, de forma organizada e planeada antecipadamente como acontece no Rio de Janeiro, Veneza e ambas as cidades lucram fortunas com esse evento anual (porque não fazer o mesmo em Mindelo?); turismo de eventos de todo o tipo, roteiro de bares e restaurantes para desfrutar da tão famosa noite mindelense; temos praias maravilhosas para banho, outras aonde já se fazem campeonatos de Bodyboard; tantos prédios e casarões históricos que encantariam os apaixonados por arquitectura e história num belo CityTour, melhorar as nossas infraestruturas para acolher o turismo de cruzeiros (o sector de turismo que mais cresce no mundo), enfim...inúmeras possibilidades de roteiros!

Ao invés disso tudo, temos o Edén Park caindo aos pedaços enquanto não se decide o seu destino, o Palácio acomulando poeira, o Museu de Artesanato que ninguêm sabe exatamente o que faz, os casarões do Mindelo sendo derrubados ou invadidos pelo comércio chinês, o Liceu Velho consumido por cupins pois há anos que aguarda por reforma e o Monte Cara dormindo o seu sono eterno, tão inerte quanto seus filhos!
O que nos falta não é dinheiro, não é boa vontade do governo e nem a mão de Deus: o que falta ao povo de São Vicente é ORGULHO, PATRIOTISMO E UMA BOA DOSE DE INICIATIVA!!
Porque "garganta" nós temos de sobra, só não sabemos o que fazer com ela!
   
    

A musica como roteiro turístico

Acessem o link abaixo e leiam um bonito artigo sobre a familia de musicos, os Vieira de Praia Branca, São Nicolau. Tudo isso faz parte da nossa história e que muitas vezes não valorizamos. Lembro também que é da Praia Branca o autor da morna mais famosa de Cabo Verde, Sodad, cantada por vários artistas e que deu fama a Cesária Evora entre outros. Seria interessante pensar num roteiro turístico para a ilha tendo como pano de fundo toda a história desta bonita composição, passando pelos famosos bailes de rabeca da ilha, pelas serenatas e noites caboverdianas. Seria uma boa forma de dar ao mundo a oportunidade de conhcer um outro Cabo Verde que não as praias e sol, sem dizer que seria também um produto turistico exclusivamente nosso e bem interessante. Cesária tem tantos fãs pelo mundo curiosos de conhecer a sua terra natal e a origem da musica que encantou tantos ouvidos, nossos artitas vem ganhando admiradores em diversos países desejosos de saber mais deste país pequenino mas encantador. Não seria essa a hora de mostrar nosso verdadeiro valor, as coisas tão bonitas que as nossas ilhas escondem?
A nossa musica é, sem duvida, uma delas!

Acesse: http://noticias.sapo.cv/vida/noticias/artigo/1155068.html

O melhor plano de saúde é viver!

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Eu sei,
sou exagerada em tudo que falo, intensa em tudo que faço, me entrego sem reservas, assim…de bandeja!
Não sei viver pela metade, ser meio gente, meio feliz.
Sonho alto, falo sozinha, rio muito porque não gosto do silêncio, hospital, funerais ou doenças, nem uma gripe sequer.

Aprecio cerveja, degusto vinhos, não resisto à Coca-Cola, sou viciada em café,  polpa de maracujá e tamarindo.
Me dá agua na boca só de pensar em camarão frito ao alho, filé de atum, bacalhau no forno e bife à romana com batatas fritas.
Devoro sorvetes, choro por mousse de chocolate, ananás e manga verde.

Gosto de risadas, amigos, aventura, verão!
Nada me faz mais feliz que viagens, cinema, livros, almoços em família.
Sonho ser mãe, amo cheirinho de bebe, gatos, golfinhos, filhotes de cachorro e natureza.

Sou irritante, inconveniente, intolerante, incompreendida, inconformada!

Por tudo isso, já toquei o céu algumas vezes e vi o inferno de perto.
Conheci pessoas de diversos credos, culturas, perfis, e ideologias.
Me encantei por lugares fantásticos, ri quando não devia, chorei sem necessidade, amei desmedidamente, sofri por bobagens.

Nunca aprendi a viver de mentirinha, casinha de boneca, faz-de-conta.
Não suporto suposições, castelo nas nuvens…contos de fada são para covardes!
Prefiro a vida real, como ela é, cheia de indefinições.
Não sei do futuro e nem me importo com o passado, tudo que eu fiz me trouxe até aqui.
Erros ou acertos transformaram-me nesse ser errante, complicado, confuso, indefinido e perfeito que eu sou hoje.

Agora mais do que nunca eu sei que:

O MELHOR PLANO DE SAÚDE É VIVER!


Kid Abelha que o diga:

"Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber.

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar"



Essa tal de Competição...

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São os momentos de ira como este que estou digerindo até agora que me dão inspiração para escrever a maioria das coisas que publico neste Blog.
Vamos lá: Hoje fui deliberadamente  acusada de ser muito COMPETITIVA!
Pior, isso saiu da boca de um homem! Sim, se fosse da boca de uma mulher eu provavelmente acharia que fosse inveja, e sim, nós mulheres temos mentes perversas e daí? #momentoverdadenuaecrua.

Essa acusação, feita com tanta veemência, levou-me a parar e refletir e, após me martirizar pensando no quanto eu poderei ter magoado as pessoas com este meu jeito ou, mais que isso, se eu venho sendo realmente competitiva, cheguei à seguinte questão: Porque será que encaramos a competição apenas como algo maligno, um defeito, uma aresta a ser limada e não como uma boa qualidade a ser estimulada e melhorada?

De forma alguma quero justificar aquelas pessoas que competem por tudo e mais alguma coisa, que passam por cima de outras para alcançar feitos, que ignoram sentimentos e códigos de ética para conquistar as coisas. Isso não é competição, é pura falta de caráter mesmo.
A competição que eu defendo (que talvez tenha sido a que eu fui acusada de praticar) é aquela em que o individuo dotado de liberdade de expressão, em estado pleno de direito de sonhar, acreditar, ousar e defender sua opinião e ponto de vista sobre as coisas, pratica no dia-a-dia com os amigos, no seio familiar e no trabalho.

Ouso dizer até que isso deveria ser ensinado nas escolas, porque ao contrário do que os mais otimistas insistem em dizer, o mundo lá fora é uma selva, só sobrevivem e deixam o nome na história aqueles que são competitivos, que ousam desafiar verdades absolutas, contestam opiniões formadas e defendem seus ideais, principalmente quando acreditam estar com a plena razão.

Mas vocês podem dizer que nem toda discussão vale tudo isso, que devemos ceder em algum momento, que o fato de ser tão competitiva me impede de ver a realidade ou aceitar que estou errada, enfim, e mais um monte de verdades bem à minha frente. E eu vos respondo que eu acredito ser bastante racional de apenas insistir em defender as coisas que eu acredito serem certas não só para mim como também para outros à minha volta.

Sou humilde o suficiente para aceitar o meu erro quando alguém me mostrar que realmente estou errada e que existe solução melhor para determinadas coisas. Sou madura o suficiente para pedir desculpas e seguir em frente e não sou infantil ao ponto de perder uma amizade ou estragar o clima de um momento apenas para provar o meu ponto de vista. Não, definitivamente, certas coisas não merecem tanto empenho!

Sou uma competitiva saudável e não tenho vergonha de assumir!
Luto pelos meus ideais, batalho para conseguir as coisas que eu quero para mim por acreditar que tanto eu como qualquer espécie de vida já nasce vencedora. Precisei ser um espermatozóide muito teimoso para vencer milhões de outros iguais a mim e ganhar o óvulo e o melhor é que depois disso, tive a sorte de crescer numa família que sempre estimulou-me a acreditar e lutar pelos meus sonhos sem que para isso fosse necessário prejudicar ninguém.

Seria isso um equívoco, seria correto dizer que meus pais e tantos outros erraram na educação dos filhos? Porque isso não pode ser encarado como uma boa qualidade a desenvolver nas crianças (de forma saudável volto a frisar)?
Será correto deixá-las crescer acreditando que tudo cairá do céu sem que tenham que batalhar pelas suas coisas? Será mais sensato educá-las crentes de que não encontrarão obstáculos pela frente ao longo da vida, outras pessoas que também desejarão as mesmas coisas que elas?
Que abaixar a cabeça é a melhor solução face aos problemas da vida e que o silêncio é a melhor aliada em momentos de crise? Na minha humilde opinião penso que não.

A competição faz parte do universo desde o Big Bang, a evolução das espécies está aí para comprovar, a natureza como um todo é uma complexa e contínua competição e só sobrevivem aqueles que o sabem fazer.

Sou mulher, minhas antepassadas lutaram e muito para que eu hoje tivesse o direito ao voto, ao divórcio, à liberdade de expressão, até ao direito de usar uma minissaia.
Somos obrigadas a competir todos os dias com os homens por trabalhos e salários iguais, direitos iguais e ainda dar a luz, sofrer com as cólicas menstruais, depilação, ser chefe de família e tudo isso de salto alto.

Só por isso não me venham com discursos éticos, camuflados em lições de moral e argumentações filosóficas de que competição é algo ruim.

De qualquer forma, essa é a minha opinião, você tem todo o direito de discordar...mas vou continuar defendendo a minha!



So what!

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Sou uma capricorniana chata, confusa, tenho minhas crises existenciais, gosto de ter meu espaço, hiberno naqueles dias do mês, respondo torto quando sou provocada, não lido bem com injustiças, meu pavio é curto, minha cara é de brava quando não tou sorrindo, não preciso ser simpatica com quem não gosto. Não puxe assunto quando não quero conversar, deixe-me sozinha, não tente me entender nem consertar, tenho meu próprio tempo, renovo todas as manhãs. Esta sou eu, este é o meu mundo e eu gosto dele do jeito que é: DEAL WIHT IT!

Quero ter motivos para acreditar!

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Já vou em 3 post em um dia no facebook sobre este assunto!
Volto a bater nesta tecla porque realmente me incomoda: ao ver todo o preconceito e o racismo que a Miss Universo Leila Lopes vem sofrendo na internet perco esperanças de que ainda existam pessoas boas neste mundo.

Sou africana (apesar da minha falta de bronze), meus pais e irmãos são africanos, meus melhores amigos são negros e ao ler todas essas palavras de ódio e intolerância sinto como se estivessem atacando diretamente as pessoas que eu mais amo sem poder fazer nada para defende-los.

Vocês podem dizer "simplesmente não leia essas coisas", na verdade é fácil ignorar o que está errado mas piores do que aqueles que disseminam o ódio são os bons que nada fazem e aceitam tudo isso de boca fechada.
Por isso uso o slogan desse anuncio da Coca-Cola que apesar do objetivo principal ser o de vender a marca, ilustra bem o meu sentimento neste momento:

QUERO TER MOTIVOS PRA ACREDITAR QUE OS BONS SÃO A MAIORIA,
QUE O AMOR VAI VENCER TODO ESSE ODIO QUE GOVERNA ESTE MUNDO,
QUE HÁ ESPERANÇAS PARA A RAÇA HUMANA
E QUE NÓS OS BONS SAIREMOS VITORIOSOS!

Coisas minhas!

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Quero um beijo com sabor de Bis,
Picolé nas tardes quentes de verão,
Cheiro do mar, pé na areia da praia,
Edredon e pantufa em dias de chuva.

Preciso de um abraço beirando ao exagero,
Desses de urso, sabe?
Meio apertado de cortar o ar,
Meio livre com gostinho de quero mais.

Quero risadas tímidas, olhares fugazes,
Beijos roubados, carinho desmedido,
Frases simples, perversas intenções,
Das boas o inferno está cheio.

Quero amigos humildes, de peito aberto,
Sem veneno na língua ou minhocas na cabeça,
De riso fácil, alegria contagiante,
Palavras certas e coração gigante.

Desconfio das pessoas com julgamentos mesquinhos,
Defensores da moral e dos bons costumes,
Daquelas com opinião formada sobre quase tudo,
Mas de conteúdo e vivência sobre quase nada .

Prefiro os amantes da musica,
Os viciados em filmes, café e chocolate,
Aqueles que desfrutam de prazeres infinitos,
Os livres de espírito, medos e preconceitos: desses sou fã!

Admiro quem ri da própria desgraça
Zomba da sorte, desafia o destino
Enfrenta seus temores, consegue perdoar
Sabe que a vida é curta e vive-a intensamente!

Gosto de muitas coisas,
Quero outras tantas,
Conquisto algumas,
Invejo poucas…mas continuo querendo aquele beijo!

Desgosto não se discute!

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Dias atrás li uma frase de uma blogueira que eu sigo e gosto muito em que ela dizia "Toda mulher tem uma história de terror para contar" e parei uns minutos para pensar na minha realidade. Chamar minha experiência com homens de terror beira ao exagero eu admito, algumas foram ótimas, outras nem tanto mas nenhuma deixou sequelas irreversíveis em mim, embora uma chegou bem perto disso.

Há bem pouco tempo eu poderia começar este post de forma bem diferente, meio depressiva, auto-estima zero, de mal com o mundo e com todos os homens que nele habitam mas, como bem se costuma dizer, "nada melhor que o tempo para sarar todas as feridas". Pode parecer meio fútil este assunto ou o mais provável é que não interesse a ninguém  ouvir a minha choradeira mas o blog é meu e escrevo o que bem quiser, não está interessado não lê, #prontofalei!

Desgosto não se discute!
Quem já amou sabe disso, nós as mulheres bem mais do que gostaríamos. Qualquer perda ou desilusão dói tanto na alma que por momentos acreditamos nunca mais ser possível voltar a ser a pessoa mentalmente sã que éramos antes. É tão doloroso que faz cair por terra uma vida toda de autocontrolo, autoconfiança, auto-estima, tudo que tenha auto no nome!
 Só conhecemos a dimensão da nossa força interior quando passamos por um desgosto, seja de amor, perda familiar ou traição de amigos. Até aí só acreditamos que aconteça aos outros e temos toda a certeza de que, se acontecer conosco, temos todo um plano de fuga, estamos totalmente preparados para enfrentar seja o que for...a verdade, caros amigos, é que nunca estamos!

É fácil entregar o coração a alguém que chega de fininho na tua vida, sem as típicas frases ensaiadas dos conquistadores baratos de quinta, conversa inteligente, boas intenções declaradas, um quê de mistério, autoconfiança e senso de humor q.b.
Se esse for o tal que no dia seguinte ainda lembra de tudo o que disseste na vossa última conversa, vai segurando a tua mão logo de primeira, na frente de todo mundo como se quisesse demarcar território e deixar bem claro que "ela é só minha", anda um passo à frente para abrir a porta do carro, do restaurante ou para puxar a cadeira, gosta de ver filmes abraçadinho, cheira teus cabelos e beija-te os olhos de leve quando menos esperas, lamento informar minha amiga, mas estás em muito maus lençóis, daí para te apaixonares perdidamente é um piscar de olhos.

Se ele é daqueles que oferecem flores então, nem precisa se esforçar muito, já conseguiu tudo o que queria sem precisar ao menos abrir a boca!
Se os homens fossem mais observadores e se prendessem aos detalhes como as mulheres,  saberiam que nós já temos uma fórmula básica que ao ser manipulada faz com que nos apaixonemos logo de cara ou, no mínimo que prestemos mais atenção no homem que possui todas as características que descrevi acima, sem necessidade de se esforçarem muito na hora da conquista.

Depois de tudo isso fica fácil se entregar, sonhar acordada, sorrir sozinha, acordar de bom humor, caprichar na ginástica, na maquilhagem, no vestido, fazer planos para o futuro, imaginar a carinha dos vossos filhos e mais um bilhão de pequenos detalhes que nos deixam bobas e infinitamente felizes.
Quando metade do mundo te diz para ir com calma e não se entregar tanto a outra metade inveja a tua felicidade mas tu não estás nem um pouco preocupada com o mundo, pelo contrário, queres é que ele se engasgue no próprio veneno: vai ser descrente de amor assim lá no inferno, dizes tu!

Quando pensas que tudo está maravilhosamente bem,  que o destino, Deus, cupido, universo ou sei lá que raio de entidade conspirou tão bem a teu favor para mereceres uma pessoa tão perfeita em tua vida, descobres que afinal perfeita era a tua imaginação, o resto era apenas ilusão.
 É nesse momento de lucidez que descobres a verdadeira essência das coisas e das pessoas, é nessa hora que os defeitos vêm à tona, os segredos são revelados, descobres que as arestas do teu relacionamento que pensavas ser tão sólido na verdade existem e são mais afiadas que sequer imaginavas.

É  neste exacto momento que aprendes o real significado da palavra traição, não aquela carnal que todos dão mais importância do que na verdade ela tem, mas sim aquela traição sentimental,  aquela que toca a alma, sufoca o coração, deita por terra todos os conceitos de amizade, respeito, admiração e companheirismo.
É uma fase de surpresas intensas na verdade, principalmente aquelas que te revelam uma pessoa totalmente diferente daquela que pensavas conhecer e que acordavas todos os dias do lado e a única pergunta que te vem à mente é a que questiona como pudeste ser tão cega e não ver tantos defeitos tão à frente dos teus olhos.

O que te magoa nem é descobrir a infidelidade, a mentira ou qualquer motivo que os levou àquele ponto da relação mas sim descobrir que o tempo todo estavas vivendo uma farsa, acreditavas estar perante a pessoa que além de tudo era tua melhor amiga mas é exactamente ela que foi capaz de te trazer tamanho sofrimento e ainda assim não fazer nada para te tirar do buraco em que ela te jogou.
O que mais te magoa na verdade é essa covardia, essa atitude passiva perante o sofrimento dos outros, principalmente quando é ele o causador de tamanha infelicidade. Não que fosse mudar o passado,  tu pensas,  mas com certeza tornaria a descida em direcção ao fundo do poço menos dolorosa.

Com tudo isso não quero que pensem, meus amigos, que sou uma descrente, reprimida ou que perdi toda a esperança nas relações, sejam elas amorosas ou de amizade, pelo contrário, continuo mais do que nunca incentivando as relações baseadas no amor e na verdade mas, definitivamente, com os pés bem assentes no chão.

Não peço que me entendam, cada pessoa é livre para sofrer e expressar sua dor do jeito que quiser. Há quem prefira engolir desaforos, outros jogam na cara, há quem curte uma fossa, outros preferem cair na gandaia, seja de que jeito for, todos nós somos dotados de liberdade para escolher aquilo que é melhor para as nossas vidas e ninguém tem o direito de julgar-se melhor ou pior, a verdade é que desgosto não se discute e só tu que estás nessa situação sabes a real dimensão da tua dor e só tu tens o poder de ultrapassá-la.

Não consigo viver desconfiando das pessoas, das intenções, das palavras e dos sentimentos. Uma das coisas que tento de todas as formas preservar nesta minha aventura pela vida é a minha crença inabalável no poder do amor como a base de todas as coisas e de todas as relações humanas. No dia em que eu parar de acreditar nisso penso que não fará mais sentido viver neste mundo maluco.

Mas todas as pessoas que já passaram pela minha vida, sejam amigos, namorados, conhecidos, tenham sido as nossas relações intensas ou breves, todas têm algo em comum:  elas agregaram valor à minha vida, deram um sentido à minha existência, me ensinaram algo novo, algumas pelas formas mais dolorosas mas mesmo assim deixaram alguma maturidade, crescimento pessoal, sabedoria e o mais importante de tudo isso, transformaram-me numa pessoa melhor, mais humana e com uma visão mais clara das coisas, das pessoas e do mundo em que vivo.

Somente por isso serei eternamente grata a todos os felizardos que me tiveram, aos idiotas que me perderam, aos sortudos que ainda vão me conhecer e principalmente aos amigos e à família que sempre estiveram do meu lado, na alegria e na tristeza, vocês sim merecem todo o meu amor. Aquele abraço!



Amílcar Cabral: polémico 38 anos depois

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Venho acompanhando de forma tímida, a trajectória dos candidatos às eleições presidenciais em Cabo Verde. Confesso que tudo o que eu tenho escutado e lido pesquisei na internet: jornais online, sites dos candidatos e outros boletins informativos, mesmo assim ainda eu não decidi o meu voto ou simpatia para com qualquer candidato.
Talvez vocês possam dizer que já está na hora de eu escolher ou mesmo que eu deveria me envolver mais, pesquisar, informar e preocupar-me mais com essa questão por ser de extrema importância para o meu país a escolha do nosso presidente.

Não estão errados, vivo dizendo a mim mesma que eu deveria ser mais activa politicamente, me preocupar mais com tais questões, exercer de forma mais firme meu direito de cidadã, principalmente por eu acreditar que todos os problemas ligados à política não advêm da política em si, mas de quem a exerce. Não entendo quando certas pessoas dizem que a política é o parasita das sociedades, que todos os políticos são corruptos, que a política deveria ser banida e por ai vai.
Bem, se quisermos viver numa anarquia total e em constante estado de sítio, tudo bem, que seja banida! Mas não sou cientista política por isso não cabe a mim fazer uma explanação mais profunda sobre este assunto.

Palavra puxa palavra e não consigo entrar no assunto que me levou a escrever este artigo que é analisar, sob o meu ponto de vista, toda essa recente polémica em torno da morte de Amílcar Cabral a poucos dias das eleições.
Num belo dia veio o Primeiro-ministro, José Maria Neves e disse que Cabral foi morto por dirigentes do PAIGC e obviamente as reacções choveram de todos os lados, a oposição encontrou argumentos suficientes para desacreditar um partido que já está enfraquecido pelas disputas internas com as quais lida desde antes mesmo do começo das campanhas; os cidadãos simpatizantes e apoiantes de um ou outro candidato trocam farpas acusando-se mutuamente pelas declarações, exigindo provas e esclarecimentos sobre a verdadeira causa da morte do nosso herói.

Já eu que faço parte do povo, da massa que dá o seu voto, plateia para a qual os candidatos discursam e tentam a todo o custo convencer das boas intenções e competências, pergunto-me qual a finalidade de uma polémica dessa magnitude em plena campanha presidencial?
Vou mais longe, o que estas declarações agregam de valor neste momento das eleições?
Vai mudar alguma coisa na vida das pessoas ou trazer algum beneficio para o povo que luta todos os dias para obter o pão-nosso-de-cada-dia?
A meu ver, houve uma absurda troca de prioridades nos palanques cabo-verdianos!

Não me entendam mal, é indiscutível a necessidade de analisar e esclarecer essas acusações. A vida e morte de Cabral, seus companheiros combatentes como toda a história da luta para a independência fazem parte de um legado importantíssimo que pertence ao povo de Cabo Verde e não somente a um determinado partido politico e isso por si só já é um motivo mais que suficiente para argumentar a necessidade de revelar todos os segredos que pairam em volta deste caso.
Os governantes têm por obrigação plena investir nessa análise histórica, não para fazer uso de tais informações para agressões políticas em épocas de eleições mas para conhecer o nosso passado, valorizar a nossa cultura, compreender o presente e, consequentemente, perspectivar um futuro melhor para o país, sem cometer os mesmos erros anteriores, esse é o principal objectivo do ramo da ciência que se chama História.

Mas deixemos tudo isso para outra ocasião, depois das campanhas, que essa análise seja feita por pesquisadores profissionais, com provas concretas, documentos e relatos fiáveis, que sejam abertas todos os arquivos confidenciais e se faça uma análise científica dos dados, sem apologias políticas ou distorções.
Que seja uma análise critica, coerente, baseada na verdade dos fatos e provas concretas, penso que Cabral e todos aqueles que morreram em nome da independência dos países africanos merecem essa veracidade e respeito à obra que nos deixaram de herança.

 Aproveitemos para fazer o mesmo com a morte de Renato Cardoso, os confrontos da reforma agrária em Santo Antão, esclarecer todas as acusações feitas ao MPD nos 10 anos de governação, esclarecer supostos desvios e lavagem de dinheiro que todos os dias ouvimos falar mas que ninguém comprova e outras tantas polémicas que surgem de tempos em tempos e que acabam caindo no esquecimento de um povo tradicionalmente pacifico, com a ajuda de uma justiça lenta e as graças de uma mídia covarde e silenciada.
 É, caros amigos, nem só de Cabral se constrói uma nação!

Acredito que o nosso Primeiro-ministro foi precipitado no seu discurso quando fez tais declarações sem estar em condições de apresentar provas irrefutáveis quanto a este assunto. Digo mais, ele fugiu completamente do seu foco de prioridades, que deveria ser o futuro do país e não o passado.
Em meio a tudo isso vem o líder do partido da oposição Dr. Carlos Veiga dizer que “Estamos num momento bastante importante, num momento de decisão para a escolha de um Presidente da República e não podem ficar dúvidas nesta matéria. É algo muito grave, que tem de ser esclarecido de forma cabal antes das eleições, para que o voto do povo seja feito em consciência e com o conhecimento total que é preciso ter”.
Discurso igualmente desnecessário nessa altura do campeonato, um sinal claro de querer colocar "mais lenha na fogueira" e estimular a polémica.

Ambos os líderes dos maiores partidos de Cabo Verde pecaram nas suas declarações num momento em que o mais importante é decidir o próximo presidente do nosso país. A prioridade é o futuro de Cabo Verde, o povo e suas necessidades e não disputas partidárias baseadas em acusações não comprovadas, troca de farpas, declarações polémicas, principalmente quando estas remetem ao que aconteceu 38 anos atrás.
Querem discutir Cabral, óptimo, façamos isso, mas antes analisemos a hora, o local, as palavras e principalmente as prioridades do país!

Os queridos "padrinhos" de Cabo Verde!

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O nosso Primeiro Ministro, José Maria Neves, em discurso na cerimónia de abertura do III Seminário Internacional Renato Cardoso sob o lema “As transformações do mundo do trabalho e os novos modelos de gestão" disse o seguinte:
“...Se cumprirmos isso, eu terei cumprido toda a minha missão desta legislatura que é buscarmos e passarmos a fazer o recrutamento com base em concursos públicos, os melhores serem promovidos, começar a fazer tudo para que a progressão nas carreiras tenham como base o mérito, o bom desempenho”.

Eu digo, Amén!
Que a "padrinhagem" em Cabo Verde é uma realidade indíscutivel todos sabem, é um verdadeiro tráfico de influências. Estamos cansados de ver e ouvir casos de favorecimentos na função pública, nas empresas, nos hospitais até na atribuição de bolsas de estudo. Todos as semanas os jornais noticiam casos de pessoas prejudicadas por tal esquema, não é segredo para ninguém. O "sistema" está tão presente no nosso dia-a-dia que nos acostumamos a fazer uso dela sem medir consequências e nem ao menos pensá-la como algo antiético. Está tão enraízada na nossa cultura que usámo-la em questões tão básicas, desde burlar a fila do supermecado ou do banco, como também para favores na esfera profissional ou política.

Eu sou completamente contra esta prática, digo desde já!
Não vou ser hipócrita em afirmar que nunca fiz uso de contactos ou de pessoas próximas para conseguir algo. Em Cabo Verde por mais que tentes lutar contra o "sistema", tens que alguma vez sucumbir-te para conseguires alcançar certas metas, e mesmo se quiseres ocupar um cargo ou posição que te permita lutar contra ele tens que primeiro enveredar por desvios, cobrar favores, fazer parcerias, eliminar a concorrência, etc. Isso acontece em vários países, não apenas em Cabo Verde, faz parte da história da humanidade, grandes impérios foram contruídos e destruídos a base de trapaças e conspirações, ninguém é completamente honesto por mais que diga o contrário!

Mas também já fui muito prejudicada pelo "sistema", principalmente quando acreditava piamente na minha imunidade contra ele. Quando terminei a licenciatura jurei que nunca faria parte do grupo de pessoas que só conseguiam altos cargos ou certas regalias fazendo uso das "amizades", troca de favores ou pedidos especiais. Percorri todas as empresas e instituições nas quais eu tinha interesse em trabalhar, segui a minha consciência, fiz tudo como mandava a lei, passei meses entregando curriculos e não conseguia absolutamente nada, enquanto eu via meus colegas também recêm-formados sendo empregados, todos com o mesmo perfil e inexperiência que eu. Comecei a questionar o que eles tinham e eu não até que um "informado" me abriu os olhos, dizendo: Minha amiga, eles vão atrás de padrinhos e tu não!
Eu, uma recêm-formada precisando desesperadamente do seu primeiro trabalho, decidi fechar os olhos e tentar por outras vias e realmente quando alguêm intercedeu por mim, em menos de um mês já estava empregada.

Este episódio de forma alguma mudou minha opinião sobre este assunto, ainda hoje acredito e tento de todas as formas conquistar as coisas pelo meu esforço e mérito, só não sou mais inocente ao ponto de dizer que não terei de fechar os olhos à minha moral uma vez ou outra, caso contrário não irei a lado nenhum, principalmente eu que almejo uma carreira bem sucedida!
Porém, continuo firme na decisão de lutar com todas as minhas forças contra este sistema por considerar uma falta de respeito a quem se esforça para se formar, ser bom profissional, estuda vários anos para preparar-se para o mercado de trabalho, pais que se matam de trabalhar para garantir um curso universitário ao filho e quando vão atrás de oportunidades são descartados porque alguém que conhece o primo do chefe da empresa, ou é amiga do amigo do director indicou outra pessoa ao cargo.
Muitas vezes a pessoa não tem experiência suficiente para assumir tal responsabilidade, não possui perfil exigido ou no pior dos casos, nem é da àrea.
 Exige-se urgentemente medidas do governo a fim de eliminar esta prática, é inadmissível que um país que se diz de desenvolvimento médio, que procura uma parceria especial com a União Europeia, possui boa reputação a nível internacional e é referência de boa governação no continente africano mantenha um sistema tão corrupto de favorecimentos.

Para que o nosso país alcance os níveis de desenvolvimento que todos esperam é necessário que se aposte em bons profissionais, que todos tenham oportunidades iguais, que os requisitos de aceitação e crescimento profissional se baseiem nos bons resultados, mérito, liderança e esforço pessoal. As instituições, sejam elas públicas ou privadas devem indiscutivelmente investir nas boas práticas, começando pelas formas de recrutamento dos seus profissionais.
O concurso, seja público ou privado, baseado em provas, entrevistas, avaliação de curriculos e  outras técnicas de seleção dos candidactos é e deve ser a melhor forma de se conseguir isso. Exige maior e melhor preparação dos interessados sobre o cargo e a àrea de conhecimento que a empresa oferece, quando implementado de forma eficaz fornece oportunidades iguais a todos os candidactos, garante transparência na escolha do profissional e permite que o cargo seja ocupado exatamente por quem se preparou para enfrentar tal desafio.
Adiciona-se a tudo isso a boa imagem que a empresa e o país transmitem aos investidores e parceiros internacionais.

Não é fácil colocar em prática tudo isso, exige tempo, dinheiro e toda uma reestruturação empresarial e governamental em Cabo Verde.
O comportamento, os costumes e práticas são os itens mais difíceis de mudar no ser humano, e a "padrinhagem" é exatamente um costume que está instalado na nossa sociedade há vários séculos, herdámo-la dos nossos colonizadores portugueses (esclareço que não é preconceito da minha parte, é história, vejam que todos os países de colonização portuguesa lidam com o mesmo problema, enquanto que os de colonização inglesa e francesa por exemplo têm outra visão sobre o trabalho, são menos burocratas).

 Para eliminar esta prática é necessário trabalhar desde a base, ou seja, desde o comportamento do caboverdiano, a visão dele sobre o trabalho, desenvolvimento e cidadania; é um trabalho que deve ser feito nas escolas, em casa, estimulando desde cedo nas crianças o esforço e mérito próprio; exige investimento em técnicas de promoção e bonificação dos funcionários não apenas se resumindo em aumentos salariáis mas também em oportunidades de crescimento dentro das empresas, regalias especiais ou metas de desempenho, entre várias outras práticas.
 Para isso temos que nos espelhar nas boas práticas de outros países que conseguiram vencer este sistema e alcançaram altos níveis de desenvolvimento. Temos que nos basear nas lições aprendidas de várias iniciativas que deram certo e investi-las no nosso país. Um bom exemplo é o caso do Brasil, um país que também lida com graves problemas de corrupção e burocracia; A história dos concursos é recente no país mas vem dando provas de eficiência não só no recrutamento dos profissionais certos como também ajudou na redução do desemprego, além de ter-se transformado num mercado que movimenta 1 bilhão de reais por ano.

É importante que um país com ambições de crescimento como Cabo Verde comece a se preocupar com estas questões, são necessidades de reestruturação e inovação óbvias quando se quer alcançar um patamar de desenvolvimento nos moldes desejados. Principalmente um país com tantos atractivos para investimentos como é o caso de Cabo Verde que vão desde a estabilidade política e social, o grau de instrução da população, a posição geográficamente estratégica, baixos indíces de doenças contagiosas, uma população jovem e atractivos turísticos, deve necessáriamente reavaliar e reestruturar sua forma de trabalhar, adaptando-se aos moldes e boas práticas exigidas pelas instituições e empresas com as quais quer formar parcerias.
Espero sinceramente que o nosso Primeiro Ministro coloque em prática sua idéia que tem tudo para dar certo. Que este não seja apenas mais uma promessa de campanha!

Feminista, graças a Deus!

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Nós as mulheres estamos cansadas de ouvir as velhas piadas sobre o quanto somos chatas, dominadoras, imprevisíveis, complicadas, controladoras, difícéis de agradar e mais um infindável leque de esteriótipos ridículos que a ala masculina faz questão de inventar por aí. Até Freud, num acesso de "preguiça mental", afirmou certa vez que "nenhum homem seria capaz de saber o que realmente povoa a cabeça de uma mulher", imagina. A partir daí todos os homens deste planeta adotaram como premissa de que se nem Freud conseguiu entender as mulheres mais ninguém conseguiria, fim de conversa.
Estava instalada a Guerra dos Sexos, que por sinal é a guerra mais longa da história da humanidade!

Dizem que o único homem que conseguiu entender as mulheres morreu de rir antes de divulgar a sua descoberta. Piada mais sem graça devo dizer, mas por outro lado demonstra bem a fraqueza e a inferioridade do nosso "inimigo". Tipíco dos homens, não é? quando não conseguem competir com a inteligência e superioridade intelectual de uma mulher apelam para o machismo, humilhação verbal ou mesmo violência fisíca. Aliás, acredito que o real motivo de existir em pleno século 21 tanta descriminação para com as mulheres tanto a nível profissional como nas relações pessoais é o simples facto dos homens não quererem abrir mão do único trunfo que eles possuem contra nós: uma longa história de dominação!
Passo a explicar: como vivemos numa sociedade que por muitos séculos remeteu a mulher à categoria de "sexo frágil", somos educadas para servir os homens, ganhamos bonecas e miniaturas de cozinhas no Natal e crescemos ouvindo frase do tipo "acertou no tempero, já pode casar", os homens adotam isso como verdade absoluta, a postura politicamente correcta de agir com as mulheres é colocá-las nos seus devidos lugares; aquela que se desviar desse padrão é negativamente rotulada.

Por outro lado vemos cada vez mais mulheres ocupando cargos importantes no mercado de trabalho, na política, assumindo-se como chefes de família, vivendo libertinamente a sua sexualidade, ficando solteiras por mais tempo, muitas nem sonham em formar família ou o fazem adotando a "reprodução independente" recorrendo às clínicas que ferlitização; nós somos maioria no mundo e a ciência já confirmou que nascemos biológicamente mais resistentes do que os homens, as taxas de mortalidade infantil estão aí para comprovar.
Em meio a tudo isso é compreensível que os homens se sintam ameaçados, relegados a segundo plano, hoje eles já falam em descriminação da nossa parte, quem diria?

Mas a minha maior curiosidade é extamente conseguir entender os homens, o que eles querem afinal?
Nós as mulheres temos fama de sermos complicadíssimas e confusas mas por mais que eu me esforce, sinceramente não consigo entender o porquê desta acusação. Nem os nossos acusadores sabem explicar, talvez porque nunca fizeram a miníma questão de nos compreender. Já eu defendo que os complicados nesta história são eles: passam a vida fazendo pose de "macho alfa", entrando em brigas, promovendo-se como o sexo forte, fazendo competições entre si mas em situações de desespero ou de pressão eles são os primeiros a abandonar o navio, pesquisas demonstram que as taxas de incidência de depressão e suicídio no mundo todo são mais altas no sexo masculino.

Vivem dizendo que só casarão com mulher fiel, comportada, de boa reputação, companheira, inteligente, que tenha conteúdo e saiba conversar. Isso me confunde porque o que eu vejo na verdade é um pouco diferente: eles amam as libertinas, sentem-se mais atraidos pelas mulheres livres e sem preconceito, abandonam familías para viverem paixões avassaladoras com meninas de reputação duvidosa e ficam "de quatro" por mulheres sem cultura geral algum enquanto eles se sentem ameaçados pelas inteligentes, considerando-as até frias demais.

Quando estão conosco são verdadeiros princípes mas é so juntá-los em grupos que transformam-se instântaneamente em sapos asquerosos, com conversas infantis sobre jogos, carros...sem falar no modo que se referem às mulheres, mesmo as que eles amam profundamente (coisa que nunca assumem publicamente, até pro melhor amigo leva tempo pra confessarem)!

Quando estão apaixonados e querem nos conquistar fazem de tudo e mais alguma coisa para convencer-nos que são o homem ideal, o princípe encantado que sempre esperamos. Fazem declaração de amor, levam-te à lua se preciso for, quanto mais resistimos mais empenhados ficam. Assim que aceitamos o namoro e assumimos que estamos apaixonadas eles mudam de idéia, a coisa não é bem assim, compromisso sério vem com o tempo, ainda não chegou na fase do amor, no máximo uma paixão, devemos ir com calma, tudo tem seu tempo. E é ai que perdem o interesse, assim do nada, sem explicação alguma.

Fazem-te mil declarações de amor, promessas de um futuro bom, fazem-te acreditar que és a única na vida deles, que nenhuma lhes dá tanto prazer e outras tantas afirmações mas mal dás as costas eles já estão de olho na saia da tua melhor amiga, lançando frases feitas a qualquer uma que lhes desperte o interesse e pior ainda, afirmam pros amigos que mulher alguma consegue lhes prender!

Ainda as complicadas somos nós?? Como entender um ser que vive afirmando ser o que não é, gosta daquilo que diz odiar, deseja o que mais repudia e defende uma coisa mas age de forma completamente diferente?
Pena que eles não vêm com manual, principalmente na àrea sentimental. Informações do tipo "Como decifrar os sinais de que ele está amando", "Homens: 100 coisas que eles querem nos dizer mas não conseguem colocar em palavras", "Porque a infância é mais longa nos meninos" ou "Saiba como competir com o futebol, a cerveja, os amigos...e a sogra" seriam de grande valia para nós mulheres, evitariam muitas rugas!

As mulheres de complicado têm pouco. Somos até transparentes demais. Quando queremos algo corremos atrás, quando amamos é de coração e intensamente, nós dizemos as coisas como as sentimos (ok, gostamos especialmente do sarcasmo mas nunca afirmei que somos santas!), assumimos que gostamos é dos canalhas (o pior é que até casamos com eles!), quando estamos zangadas é fácil notar, não temos problema algum em fazer demonstrações públicas de afeto, em declarar o nosso amor, em chorar nos filmes ou no casamento da nossa melhor amiga, gostamos de luxo e dinheiro e não negamos isso (a diferença é que algumas de nós acreditam que isso é tudo na vida), temos aqueles dias do mês em que nos transformamos em montros mas é do conhecimento publico, não é segredo pra ninguém, até a ciência explica!

Se somos tão "chatas" é porque vivemos metade do dia atarefadas com as nossas coisas, tentando salvar o mundo e a outra metade fazendo de tudo para agradar os homens e eles nem notam...pior, nem valorizam. Chega um dia que cansa! É  quando deixamos o ginásio, dormimos com aquele velho pijama, não frequentamos o cabeleireiro nem a manicure tanto quanto gostariamos, damos mais atenção aos filhos ou às amigas. Toda a mulher apaixonada se cuida, é vaidosa, está sempre bem arranjada e perfumada e tem aquele brilho especial...quando ela não faz mais isso é porque o homem que tem ao seu lado não a corteja mais ou a faz sentir especial.

Mas sabe o mais interessante? É definitivamente uma guerra de amor e ódio, não sabemos viver um sem o outro, ninguém gosta da solidão, ela é tão fatal como qualquer outra doença.
Existem aqueles que afirmam que os opostos se atraem, outros são mais categóricos em afirmar que o que mantêm o amor são as afinidades...independentemente de quem tem razão, o que vale é que nos completamos. Seria bem melhor se fosse uma convivência pacífica mas eu me pergunto se não seria aborrecido? Podemos até manter nossas divergências, todo conflito moderado tem seu lado positivo, é estimulante até competir-mos uma vez ou outra mas desde que isso não signifique humilhar, desrespeitar ou agredir o outro.

O feminismo vem sendo interpretado de várias formas ao longo dos anos, algumas vezes de forma errada o que leva os homens a criarem idéias distorcidas sobre este movimento. O que eles precisam entender é que nós não somos e nem queremos ser melhores do que eles, só exigimos que valorizem o nosso papel na sociedade, o quanto somos capazes de fazer tão bem o mesmo trabalho e exercer com competência os mesmos cargos. Que respeitem a nossa inteligência, nossas conquistas, nosso esforço e que sejamos recompensadas de igual forma.

Toda a mulher, por mais "durona" que seja gosta de receber carinho, quer ter um homem pra cuidar, uma familia pra se dedicar, gosta de se sentir amada, somos, e penso que sempre seremos, movidas pelo coração. Alguns acreditam que esse é nosso pior defeito, já eu dou graças aos céus por termos esta predestinação, o amor deveria ser a base de todas as ações, o mundo estaria bem melhor.
Meu conselho, caros amigos do sexo masculino, é que reflitam e começem a mudar essa mentalidade rétrograda.
Somos companheiras, viemos para completar e não para competir, nosso lugar é ao vosso lado, nem um passo atrás nem à frente, é ao vosso lado.

Promo Tour “I Love Cabo Verde”

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"A Promo Tour inicia-se esta quarta-feira, 22, na cidade francesa de Lille, no Caps África, em Roubaix. No dia seguinte será a vez de a promoção estar na Loja Tropicana, em Antuérpia (Bélgica). Ainda esta semana o evento de promoção de Cabo Verde estará em Roterdão (24) e Fameck (25). O dia 27 será a vez do Luxemburgo, dia 28 Basileia, 29 Lousane e 1 de Julho Genebra (Suíça).

A Promo Tour “I Love Cabo Verde” irá passar ainda por Paris, Lyon, Nice, Marselha, Toulouse e Lisboa,
sempre com a ideia de levar o nosso país a todas as comunidades cabo-verdianas ali residentes".

Fonte: Asemama

Projecto Emprego Jovem e Coesão Social

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Informem-se sobre o "Projecto Emprego Jovem e Coesão Social" lançado pelo Governo de Cabo Verde em parceria com a Cooperação Espanhola/PNUD, visando estimular a iniciativa empresarial por parte dos jovens caboverdianos.

Todos os anos, boa parte do financiamento das cooperações estrangeiras em Cabo Verde não é utilizado por falta de projectos, jovens interessados ou simplesmente por falta de divulgação.

Muita coisa poderia ser feita se soubessemos como ter acesso e fazer um bom uso desse dinheiro.

Eis as informações, saiba como conseguir:

S.Vicente: o doce prazer da inércia!

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Encontrei este album com fotos antigas de São Vicente; já tinha visto algumas, outras eram desconhecidas até então mas são fotos que já circulam há bom tempo na internet outras são de arquivos pessoais. Vendo as fotos só conseguia pensar como é possível não nos envergonharmos pelo abandono em que está a nossa ilha? Sim, digo nossa porque sinto que, em parte, ela é minha também. Embora tenha crescido em São Nicolau, nasci e passei toda a minha adolescência no Mindelo, assim não posso e nem quero me excluir da responsabilidade de pensar e agir em prol de São Vicente.

Ainda bem que temos as fotos para provar a importância que a nossa ilha já teve, o quão bela e cosmopolita ela já foi, o que representou e representa para a história de Cabo Verde! É exatamente em virtude dessa história que considero uma falta de respeito da parte do povo da ilha, do governo central, da Câmara Municipal e demais orgãos competentes para com a história de São Vicente e de Cabo Verde em si. A inércia entrou e instalou-se nos lares dos mindelenses que se resumem a encontrar culpados e utilizar desculpas esfarrapadas que nada mais são do que "birra de coitados", camuflados num bairrismo ridículo de que "tud é pa Praia".

É fácil culpar os "Badios" na verdade: o partido político no poder é de "Badios", a capital é dos "Badios", o dinheiro está nas mãos dos "Badios" e por aí vai mas uma coisa tenho a parabenizar os "Badios": eles, ao contrário de nós, não se fazem de vitímas, estão aí na luta, veja o que é a Praia hoje e a Praia há uns anos atrás; o "Badio" tem aquele jeitinho peculiar deles de encontrar solução pra tudo, fazem qualquer negócio, nem que seja da China, circulam dinheiro, fazem acontecer, são desaforados quando querem e isso faz parte da história deles, vejam a Revolta de Rubom Manel em 1910, dos Engenhos em 1822 e outros, independentemente de quais foram os motivos das revoltas. A ùltima façanha deles foi conseguir elevar a Cidade Velha a Patrimônio da Humanidade! E o patrimônio histórico-arquitectônico do Mindelo, não é igualmente importante pro país?

 Mas podemos culpar os nossos irmãos do sul? acho que não, aliás, embora custa-me admitir, eles estão ganhando de goleada. Enquanto nós nos preocupamos apenas com a nossa Laginha no fim-de-semana ou em dar voltas na Praça, eles estão construindo, vendendo, empregando, importando, inaugurando, viajando e vendo a cidade crescer todos os dias. Nós continuamos apegados a subterfúgios baratos, vivendo de "cassubodi" em "cassubodi", reclamando da Câmara municipal, jogando bisca na Rua d'praia, esperando o festival da Baía e se preocupando com questões tão importantes como a que julga se TvPulu deve ou não continuar!

Entrando mais concretamente na àrea do turismo que é minha àrea de pesquisa, devo dizer que qualquer outro país que aposta realmente no turismo como sector de desenvolvimento já teria lançado as bases para o crescimento do setor, para não dizer que seria considerado uma das prioridades de qualquer país desenvolver o turismo numa ilha com tantos atrativos turísticos como São Vicente. O que temos de história e arte daria para apostar em museus diversos; um roteiro inteiramente dedicado à musica com as noites caboverdianas com seus "coc e bafa" tipícos da ilha (sim, é exatamente isso que o turista procura!); apostar no carnaval como produto de excelência, de forma organizada e planeada antecipadamente como acontece no Rio de Janeiro, Veneza e ambas as cidades lucram fortunas com esse evento anual (porque não fazer o mesmo em Mindelo?); turismo de eventos de todo o tipo, roteiro de bares e restaurantes para desfrutar da tão famosa noite mindelense; temos praias maravilhosas para banho, outras aonde já se fazem campeonatos de Bodyboard; tantos prédios e casarões históricos que encantariam os apaixonados por arquitectura e história num belo CityTour, melhorar as nossas infraestruturas para acolher o turismo de cruzeiros (o sector de turismo que mais cresce no mundo), enfim...inúmeras possibilidades de roteiros!

Ao invés disso tudo, temos o Edén Park caindo aos pedaços enquanto não se decide o seu destino, o Palácio acomulando poeira, o Museu de Artesanato que ninguêm sabe exatamente o que faz, os casarões do Mindelo sendo derrubados ou invadidos pelo comércio chinês, o Liceu Velho consumido por cupins pois há anos que aguarda por reforma e o Monte Cara dormindo o seu sono eterno, tão inerte quanto seus filhos!
O que nos falta não é dinheiro, não é boa vontade do governo e nem a mão de Deus: o que falta ao povo de São Vicente é ORGULHO, PATRIOTISMO E UMA BOA DOSE DE INICIATIVA!!
Porque "garganta" nós temos de sobra, só não sabemos o que fazer com ela!
   
    

A musica como roteiro turístico

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Acessem o link abaixo e leiam um bonito artigo sobre a familia de musicos, os Vieira de Praia Branca, São Nicolau. Tudo isso faz parte da nossa história e que muitas vezes não valorizamos. Lembro também que é da Praia Branca o autor da morna mais famosa de Cabo Verde, Sodad, cantada por vários artistas e que deu fama a Cesária Evora entre outros. Seria interessante pensar num roteiro turístico para a ilha tendo como pano de fundo toda a história desta bonita composição, passando pelos famosos bailes de rabeca da ilha, pelas serenatas e noites caboverdianas. Seria uma boa forma de dar ao mundo a oportunidade de conhcer um outro Cabo Verde que não as praias e sol, sem dizer que seria também um produto turistico exclusivamente nosso e bem interessante. Cesária tem tantos fãs pelo mundo curiosos de conhecer a sua terra natal e a origem da musica que encantou tantos ouvidos, nossos artitas vem ganhando admiradores em diversos países desejosos de saber mais deste país pequenino mas encantador. Não seria essa a hora de mostrar nosso verdadeiro valor, as coisas tão bonitas que as nossas ilhas escondem?
A nossa musica é, sem duvida, uma delas!

Acesse: http://noticias.sapo.cv/vida/noticias/artigo/1155068.html