Essa tal de Competição...




São os momentos de ira como este que estou digerindo até agora que me dão inspiração para escrever a maioria das coisas que publico neste Blog.
Vamos lá: Hoje fui deliberadamente  acusada de ser muito COMPETITIVA!
Pior, isso saiu da boca de um homem! Sim, se fosse da boca de uma mulher eu provavelmente acharia que fosse inveja, e sim, nós mulheres temos mentes perversas e daí? #momentoverdadenuaecrua.

Essa acusação, feita com tanta veemência, levou-me a parar e refletir e, após me martirizar pensando no quanto eu poderei ter magoado as pessoas com este meu jeito ou, mais que isso, se eu venho sendo realmente competitiva, cheguei à seguinte questão: Porque será que encaramos a competição apenas como algo maligno, um defeito, uma aresta a ser limada e não como uma boa qualidade a ser estimulada e melhorada?

De forma alguma quero justificar aquelas pessoas que competem por tudo e mais alguma coisa, que passam por cima de outras para alcançar feitos, que ignoram sentimentos e códigos de ética para conquistar as coisas. Isso não é competição, é pura falta de caráter mesmo.
A competição que eu defendo (que talvez tenha sido a que eu fui acusada de praticar) é aquela em que o individuo dotado de liberdade de expressão, em estado pleno de direito de sonhar, acreditar, ousar e defender sua opinião e ponto de vista sobre as coisas, pratica no dia-a-dia com os amigos, no seio familiar e no trabalho.

Ouso dizer até que isso deveria ser ensinado nas escolas, porque ao contrário do que os mais otimistas insistem em dizer, o mundo lá fora é uma selva, só sobrevivem e deixam o nome na história aqueles que são competitivos, que ousam desafiar verdades absolutas, contestam opiniões formadas e defendem seus ideais, principalmente quando acreditam estar com a plena razão.

Mas vocês podem dizer que nem toda discussão vale tudo isso, que devemos ceder em algum momento, que o fato de ser tão competitiva me impede de ver a realidade ou aceitar que estou errada, enfim, e mais um monte de verdades bem à minha frente. E eu vos respondo que eu acredito ser bastante racional de apenas insistir em defender as coisas que eu acredito serem certas não só para mim como também para outros à minha volta.

Sou humilde o suficiente para aceitar o meu erro quando alguém me mostrar que realmente estou errada e que existe solução melhor para determinadas coisas. Sou madura o suficiente para pedir desculpas e seguir em frente e não sou infantil ao ponto de perder uma amizade ou estragar o clima de um momento apenas para provar o meu ponto de vista. Não, definitivamente, certas coisas não merecem tanto empenho!

Sou uma competitiva saudável e não tenho vergonha de assumir!
Luto pelos meus ideais, batalho para conseguir as coisas que eu quero para mim por acreditar que tanto eu como qualquer espécie de vida já nasce vencedora. Precisei ser um espermatozóide muito teimoso para vencer milhões de outros iguais a mim e ganhar o óvulo e o melhor é que depois disso, tive a sorte de crescer numa família que sempre estimulou-me a acreditar e lutar pelos meus sonhos sem que para isso fosse necessário prejudicar ninguém.

Seria isso um equívoco, seria correto dizer que meus pais e tantos outros erraram na educação dos filhos? Porque isso não pode ser encarado como uma boa qualidade a desenvolver nas crianças (de forma saudável volto a frisar)?
Será correto deixá-las crescer acreditando que tudo cairá do céu sem que tenham que batalhar pelas suas coisas? Será mais sensato educá-las crentes de que não encontrarão obstáculos pela frente ao longo da vida, outras pessoas que também desejarão as mesmas coisas que elas?
Que abaixar a cabeça é a melhor solução face aos problemas da vida e que o silêncio é a melhor aliada em momentos de crise? Na minha humilde opinião penso que não.

A competição faz parte do universo desde o Big Bang, a evolução das espécies está aí para comprovar, a natureza como um todo é uma complexa e contínua competição e só sobrevivem aqueles que o sabem fazer.

Sou mulher, minhas antepassadas lutaram e muito para que eu hoje tivesse o direito ao voto, ao divórcio, à liberdade de expressão, até ao direito de usar uma minissaia.
Somos obrigadas a competir todos os dias com os homens por trabalhos e salários iguais, direitos iguais e ainda dar a luz, sofrer com as cólicas menstruais, depilação, ser chefe de família e tudo isso de salto alto.

Só por isso não me venham com discursos éticos, camuflados em lições de moral e argumentações filosóficas de que competição é algo ruim.

De qualquer forma, essa é a minha opinião, você tem todo o direito de discordar...mas vou continuar defendendo a minha!



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São os momentos de ira como este que estou digerindo até agora que me dão inspiração para escrever a maioria das coisas que publico neste Blog.
Vamos lá: Hoje fui deliberadamente  acusada de ser muito COMPETITIVA!
Pior, isso saiu da boca de um homem! Sim, se fosse da boca de uma mulher eu provavelmente acharia que fosse inveja, e sim, nós mulheres temos mentes perversas e daí? #momentoverdadenuaecrua.

Essa acusação, feita com tanta veemência, levou-me a parar e refletir e, após me martirizar pensando no quanto eu poderei ter magoado as pessoas com este meu jeito ou, mais que isso, se eu venho sendo realmente competitiva, cheguei à seguinte questão: Porque será que encaramos a competição apenas como algo maligno, um defeito, uma aresta a ser limada e não como uma boa qualidade a ser estimulada e melhorada?

De forma alguma quero justificar aquelas pessoas que competem por tudo e mais alguma coisa, que passam por cima de outras para alcançar feitos, que ignoram sentimentos e códigos de ética para conquistar as coisas. Isso não é competição, é pura falta de caráter mesmo.
A competição que eu defendo (que talvez tenha sido a que eu fui acusada de praticar) é aquela em que o individuo dotado de liberdade de expressão, em estado pleno de direito de sonhar, acreditar, ousar e defender sua opinião e ponto de vista sobre as coisas, pratica no dia-a-dia com os amigos, no seio familiar e no trabalho.

Ouso dizer até que isso deveria ser ensinado nas escolas, porque ao contrário do que os mais otimistas insistem em dizer, o mundo lá fora é uma selva, só sobrevivem e deixam o nome na história aqueles que são competitivos, que ousam desafiar verdades absolutas, contestam opiniões formadas e defendem seus ideais, principalmente quando acreditam estar com a plena razão.

Mas vocês podem dizer que nem toda discussão vale tudo isso, que devemos ceder em algum momento, que o fato de ser tão competitiva me impede de ver a realidade ou aceitar que estou errada, enfim, e mais um monte de verdades bem à minha frente. E eu vos respondo que eu acredito ser bastante racional de apenas insistir em defender as coisas que eu acredito serem certas não só para mim como também para outros à minha volta.

Sou humilde o suficiente para aceitar o meu erro quando alguém me mostrar que realmente estou errada e que existe solução melhor para determinadas coisas. Sou madura o suficiente para pedir desculpas e seguir em frente e não sou infantil ao ponto de perder uma amizade ou estragar o clima de um momento apenas para provar o meu ponto de vista. Não, definitivamente, certas coisas não merecem tanto empenho!

Sou uma competitiva saudável e não tenho vergonha de assumir!
Luto pelos meus ideais, batalho para conseguir as coisas que eu quero para mim por acreditar que tanto eu como qualquer espécie de vida já nasce vencedora. Precisei ser um espermatozóide muito teimoso para vencer milhões de outros iguais a mim e ganhar o óvulo e o melhor é que depois disso, tive a sorte de crescer numa família que sempre estimulou-me a acreditar e lutar pelos meus sonhos sem que para isso fosse necessário prejudicar ninguém.

Seria isso um equívoco, seria correto dizer que meus pais e tantos outros erraram na educação dos filhos? Porque isso não pode ser encarado como uma boa qualidade a desenvolver nas crianças (de forma saudável volto a frisar)?
Será correto deixá-las crescer acreditando que tudo cairá do céu sem que tenham que batalhar pelas suas coisas? Será mais sensato educá-las crentes de que não encontrarão obstáculos pela frente ao longo da vida, outras pessoas que também desejarão as mesmas coisas que elas?
Que abaixar a cabeça é a melhor solução face aos problemas da vida e que o silêncio é a melhor aliada em momentos de crise? Na minha humilde opinião penso que não.

A competição faz parte do universo desde o Big Bang, a evolução das espécies está aí para comprovar, a natureza como um todo é uma complexa e contínua competição e só sobrevivem aqueles que o sabem fazer.

Sou mulher, minhas antepassadas lutaram e muito para que eu hoje tivesse o direito ao voto, ao divórcio, à liberdade de expressão, até ao direito de usar uma minissaia.
Somos obrigadas a competir todos os dias com os homens por trabalhos e salários iguais, direitos iguais e ainda dar a luz, sofrer com as cólicas menstruais, depilação, ser chefe de família e tudo isso de salto alto.

Só por isso não me venham com discursos éticos, camuflados em lições de moral e argumentações filosóficas de que competição é algo ruim.

De qualquer forma, essa é a minha opinião, você tem todo o direito de discordar...mas vou continuar defendendo a minha!



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